Ateísmo cresce no Oriente Médio e preocupa governos

em sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Na Arábia Saudita 5% da população se declara ateísta mesmo sabendo que para o governo eles são iguais aos terroristas


Segundo a Dar al-IFTA, instituição estatal egípcia que difunde dados ligados ao islã,  o Egito tem 866 ateus. O dado parece irrelevante se pensarmos que representa 0,001% da população do país, porém para os egípcios os dados podem ser alarmantes.
Em outra pesquisa, dessa vez realizada pela Universidade Al-Azhar, entidade que ostenta muito prestígio dos sunitas, a quantidade de ateus pode chegar a
10,7 milhões se pensarmos na proporção do estudo que mostrou que 12,3% da população não está ligada a nenhuma religião.
Os religiosos já estão preocupados com o aumento do ateísmo no Egito. Em outubro deste ano o sheik  Ahmad al-Tayyib,  da Universidade Al-Azhar, foi na televisão comentar que as pessoas sem religião não fazem mais parte de uma minoria e que esse afastamento é um desafio social.
O fenômeno do secularismo que atingiu a Europa nas últimas décadas está encontrando um terreno fértil no mundo Árabe onde vários países muçulmanos já começam a ter representantes ateus cada vez mais organizados graças as internet.
O jornal alemão DW conseguiu encontrar alguns grupos de ateus no Facebook dos países Tunísia, Sudão, Egito e Arábia Saudita, todos com fortes ligações com o islamismo, religião que vê os ateus como pessoas que podem espalhar discórdia entre os fiéis, algo visto como um pecado grave.
Na Arábia Saudita os ateus são comparados aos terroristas, grupos que representam grande ameaça para o país. Lá cerca de 19% da população não tem religião e 5% confessaram ser ateístas. No Iraque ninguém se declarou ateu, mas 9% da população afirmaram não ser religiosos.
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