Humorista e apresentador Rafinha Bastos questiona público: "onde estavam quando fui censurado?"

em sábado, 17 de janeiro de 2015

Comediante falou apoio à liberdade de expressão após ataques ao jornal francês Charlie Hebdo



Diante das manifestações mundo afora em apoio ao trabalho dos cartunistas do jornal Charlie Hebdo, mortos durante atentado terrorista no último dia 7 de janeiro na França, o humoristaRafinha Bastos aproveitou o momento para fazer alguns questionamentos.

Em texto publicado na edição desta sexta (16) do jornal Folha de São Paulo, Rafinha questionou pessoas que hoje são

a favor da liberdade de expressão do Charlie Hebdo, quando ele foi censurado em 2011, sendo retirado do "CQC", da Band, por fazer uma piada com Wanessa Camargo, ao dizer que "comeria ela e o bebê".

O comediante também citou o caso do seu DVD, "A Arte do Insulto", que deixou de ser vendido por ordem judicial, além de ter perdido papeis no cinema. O apresentador e jornalista contou ainda que seu bar foi pichado com mensagens de ódio, e que à época ninguém parecia disposto a dialogar sobre liberdade de expressão.

"O que você era quando eu tentava falar sobre liberdade de expressão, mas era tachado de arrogante, prepotente e babaca? Onde você estava? Eu senti falta de você. Tudo isso ocorreu por um simples motivo: eu não pedi desculpas. E sabe por que eu não me desculpei? Porque acredito que o humorista deve ser livre para arriscar, questionar e provocar. Se eu pedisse desculpas por cada tentativa, em dois meses eu estaria domesticado".

Por fim, Rafinha elogiou os cartunistas do Charlie Hebdo, famosos mundialmente pelo tom de ironia e humor ácido de suas ilustrações. Ressaltou ainda que suas mortes não foram em vão, permitindo que as pessoas compreendessem melhor a importância da liberdade de expressão.

Atualmente, Rafinha retornou à Band, onde comanda o "Agora é Tarde" e em março voltará à bancada do "CQC", que em sua nova temporada reformulada também terá Dan Stulbach no lugar de Marcelo Tas.

Natelinha
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