O real tamanho da Apple
Responda rápido: quantas obras de infraestrutura do Brasil, a Apple poderia bancar?
Por outro lado, superaria nações tradicionais, como a Bélgica, com seu PIB de 469 bilhões de dólares, e a Arábia Saudita (435 bilhões de dólares).
Para desempacar o PAC
A Apple fechou 2011 com quase 98 bilhões de dólares em caixa (cerca de 172 bilhões de reais). Seria o suficiente para bancar integralmente os seis maiores projetos de infraestrutura em andamento no Brasil, segundo o Anuário EXAME de Infraestrutura 2011-2012.
Estariam na lista a Refinaria Premium 1 (40 bilhões de reais), o trem-bala entre São Paulo e Rio (33,2 bilhões); a usina de Belo Monte (25,9 bilhões); a Refinaria Premium 2 (22 bilhões); a Refinaria Abre e Lima (21,2 bilhões) e a Comperj (20,3 bilhões).
Detalhe: as 1010 obras listadas no anuário demandam investimentos totais de
558 bilhões de reais – daria para vender a Apple, bancar todas e, com o “troco” de 187 bilhões de dólares, comprar praticamente todo o Google, cujo valor de mercado é de pouco mais de 200 bilhões de dólares.
558 bilhões de reais – daria para vender a Apple, bancar todas e, com o “troco” de 187 bilhões de dólares, comprar praticamente todo o Google, cujo valor de mercado é de pouco mais de 200 bilhões de dólares.
Nem todo o ouro de Nova York bastaria
Se alguém quisesse comprar a Apple, usando, para isso, todo o ouro guardado no prédio do Federal Reserve (o banco central americano) de Nova York, ficaria frustrado. Trata-se do lugar com o maior estoque de ouro do mundo. Estimativas indicam que, ali, estejam guardados o equivalente a 367 bilhões de dólares em ouro, tanto dos Estados Unidos, quanto de outros países.
É mais do que existe no famoso Fort Knox, segundo a CNBC. Ainda assim... não daria para comprar a Apple.
A solução para a Grécia
A Grécia, que está à beira do calote, para desespero da Europa e de investidores de todo o mundo, tem hoje uma dívida total estimada em 350 bilhões de euros – ou 462 bilhões de dólares.
Se a Apple fosse uma estatal grega, não haveria dúvidas – bastava vendê-la, quitar as dívidas e ainda tirar um lucrinho. Claro, se os gregos a administrasse como Tim Cook e, antes dele, o já lendário Steve Jobs.