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Sete perguntas respondidas sobre a arca de Noé

em sexta-feira, 26 de dezembro de 2014



1. A arca de Noé foi encontrada?
Não. Várias expedições buscaram encontrá-la, mas sem sucesso. Algumas formações rochosas com “forma de barco” foram encontradas na área do Ararat, mas não há nada especial com relação a elas. Há numerosos relatos de pessoas que dizem ter visto a
arca, mas não há evidências para apoiar estes relatos. Parece pouco provável que a arca venha a ser encontrada. Deve-se rejeitar as afirmações de que a arca foi encontrada, mas que é necessário mais dinheiro para obter as provas. Se a arca fosse realmente descoberta, os meios de comunicação iriam assegurar que todos soubessem disso rapidamente.
2. Como todos os milhões de espécies de animais poderiam caber na arca?
Não poderiam. A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres — aqueles que caminham sobre a terra e respiram através de narinas (Gênesis 7:22). Isso não inclui animais marinhos, vermes, insetos e plantas. Há menos de 350 famílias de vertebrados terrestres vivos. A maioria destes são do tamanho de um gato doméstico ou menor. Se cada família taxonômica estivesse representada na arca por um par de espécimes, e com as poucas famílias “limpas” representadas por sete pares, a arca deveria conter menos do que 1000 indivíduos. A arca poderia provavelmente acomodar dez vezes este número (1). A questão de espaço para os animais na arca não é um problema difícil.
3. É razoável supor que cada família taxonômica poderia ser representada por um único par ancestral na arca? Isto não irá exigir taxas evolutivas absurdas após o dilúvio?
Algumas famílias taxonômicas podem ser grupos que representam mais do que um par de espécimes ancestrais. Entretanto, um par pode ter sido suficiente na maioria dos casos. Sabe-se que algumas espécies atuais possuem suficiente variabilidade genética para produzir variações morfológicas equivalentes a gêneros diferentes (2). As taxas de mudança morfológica podem depender do grau de isolamento genético, da quantidade de stress ambiental e também do tempo (3).
4. O que se pode dizer sobre alimentação, água e saneamento para todos aqueles animais?
Estas questões não são discutidas na Bíblia. A água da chuva poderia estar disponível, tornando o armazenamento de água desnecessário. O alimento foi aparentemente guardado na arca (Gênesis 6:21-22). O Deus que revelou a vinda do dilúvio, instruiu Noé sobre como preparar a arca e dirigiu os animais para a arca, certamente cuidou da “logística” necessária para o cuidado deles.
5. O que se pode dizer sobre animais com alimento muito específico, tais como o coala que requer folhas de eucalipto?
Não sabemos se os coalas foram sempre restritos a folhas de eucalipto, ou se sua dieta mudou. Nem mesmo sabemos se os coalas existiram antes do dilúvio, ou se eles se diferenciaram a partir de um ancestral que tenha sido preservado durante o dilúvio. Possivelmente não haja um meio de obter a resposta.
6. Como os animais puderam encontrar seu caminho a partir da arca até a América do Sul ou a Austrália?
Não sabemos, mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar, ou pode ter sido através da ação direta de anjos. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente a toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente violação de leis naturais, mas sim que os eventos foram dirigidos por seres de inteligência superior.
7. Que problemas não resolvidos sobre a arca de Noé são de maior preocupação?
Quantas espécies diferentes de animais foram salvas na arca de Noé, e quais são seus descendentes? Como os vertebrados terrestres se espalharam da arca até sua atual distribuição?
Notas para as perguntas sobre a arca
1. Para uma discussão criacionista sobre o espaço na arca, ver: Wodmorappe J. 1994. “The biota and logistics of Noah’s ark”. In Walsh R. E, editor, Proceedings of the Third International Conference on Creationism, July 18-23, 1994. Pittsburgh, PA: Creation Science Fellowship, p 623-631.
2. (a) Wayne R. K. 1986. “Cranial morphology of domestic and wild canids: the influence of development on morphological change”. Evolution 40:243-261; (b) Ver também as perguntas feitas sobre mudanças nas espécies.
3. Parsons P. A. 1988. “Evolutionary rates: effects of stress upon recombination”. Biological Journal of the Linnean Society 35:49-68.
Fonte: Sociedade Criacionista Brasileira
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