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Silas Malafaia é inocentado de homofobia

em quarta-feira, 2 de maio de 2012



O juiz federal da 24ª Vara Cível, Victorio Giuzio Neto, extinguiu o processo em que o pastor Silas Malafaia era acusado de homofobia, naquela “armação” dos ativistas gays para
incriminá-lo.


Veja o alguns trecho da sentença do juiz: 



“… não se poder tolher o direito à crítica na medida que esta compõe exatamente o conteúdo da liberdade de manifestação e expressão.”
“…Daí considerarmos que, sob o aspecto ‘policial’ ou de ‘censura’ a questão envolve problemas práticos e jurídicos mas, neste tema, o constituinte brasileiro teve o inegável desejo de sepultar definitivamente a censura conforme se vê na redação das seguintes disposições constitucionais:
Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
…”
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
…”
Art. 220 – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§1º………… (omíssis)
§2º – É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. (grifo nosso)
E não comportam exceção: a censura foi banida.
“… Através da pretensão dos autos, na medida em que requer a proibição de comentários contra homossexuais em veiculação de programa, sem dúvida que se busca dar um primeiro passo a um retorno à censura, de triste memória, existente até a promulgação da Constituição de 1988, sob sofismático entendimento de ter sido relegado ao Judiciário o papel antes atribuído à Polícia Federal, de riscar palavras ou de impedir comentários e programas televisivos sobre determinado assunto.”
“… Diante disto, não pode ser considerado como homofóbico na extensão que se lhe pretende atribuir esta ação, no campo dos discursos de ódio e de incentivo à violência, pois possível extrair do contexto uma condenação dirigida mais à organização do evento – pelo maltrato do emprego de imagens de santos da igreja católica – do que aos homossexuais.”
“… De fato não se pode valorar as expressões dissociadas de seu contexto. E no contexto apresentado pode ser observado que as expressões ‘entrar de pau’ e ‘baixar o porrete’ se referem claramente à necessidade de providências acerca da Parada Gay, por entender o pastor apresentador do programa, constituir uma ofensa à Igreja Católica reclamando providências daquela.”
“… É cediço que se a população em geral utiliza tais expressões, principalmente, na esfera trabalhista, para se referirem ao próprio ajuizamento de reclamação trabalhista ao empregarem a expressão que ‘vão meter a empresa no pau’. Outros empregam a expressão ‘cair de pau’ como mera condenação social; ‘entrar de pau’ ou ‘meter o pau’, por outro lado, estaria relacionado a falar mal de alguém ou mesmo a contrariar argumentos ou posicionamentos filosóficos.
Enfim, as expressões empregadas pelo pastor réu não se destinaram a incentivar comportamentos como pode indicar a literalidade das palavras no sentido de violência ou de ódio implicando na infração penal, como pretende a interpretação do autor desta ação.”
“… Neste caso, considerar presente dano apto a ensejar a concessão de liminar contra o pastor apresentador do programa, da emissora e da União não deixaria de coexistir uma odiosa forma de censura, cumprindo lembrar sob a espécie que a própria Lei de Imprensa foi considerada inconstitucional pelo STF: Art.30.”
“… Ante o exposto, por reconhecer a impossibilidade jurídica do pedido, INDEFIRO A INICIAL E JULGO EXTINTO o processo sem resolução do mérito, com fulcro no artigo 267, inciso VI, do Código de Processo Civil.”
Silas Malafaia aproveitou logo após a decisão e escreveu em seu site de notícia Verdade Gospel, sobre a sentença: "Foi uma “lambada” nos ativistas gays que pensam que estão acima da lei e acima de todos, mas que agora vão ter que responder na justiça por me chamarem de homofóbico". Disse.
Silas ainda afirma que se caso não tomar uma decisão os Ativistas Gays irão sempre lhe difamar e que vai entrar com uma ação na justiça contra eles: "Se eu, como cidadão, não tomar as providências que tenho direito, eles vão se achar no direito de ficarem me acusando e me denunciando como homofóbico. A partir de agora vão pensar duas vezes antes de tentar me denegrir".
E ressalva:" Como tenho dito, não os homossexuais, mas sim os ativistas gays, são o grupo social mais intolerante da pós-modernidade".
No final o pastor ainda citou o jornalista da revista "Veja", Reinaldo Azevedo, sobre sua luta a favor da liberdade religiosa: "Peço a vocês para acessarem o comentário de Reinaldo Azevedo, colunista do site da “Veja”, sobre a sentença do juiz. Mais uma vez, simplesmente, sensacional!"

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Bispos da igreja universal poderao ser presos por "curar" jovem homossexual

em sexta-feira, 2 de março de 2012

Ministério Público recebeu denúncia de “charlatanismo” por conta de vídeo

O vídeo onde um jovem homossexual é exorcizado e “curado” durante um programa da IURD TV pode render um processo judicial histórico no país.

Neste programa, o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, fala que o jovem identificado apenas como Leandro passaria por um processo de “libertação”.
 

O bispo Clodomir Santos é chamado e conversa com o demônio e o expulsa depois de saber que o jovem se tornou gay por ser vítima de um “trabalho de macumba” de um vizinho contra ele.
O jovem se contorce, grita e se ajoelha no chão enquanto os bispos começam a gritar “queimando, queimando, queimando” e o exorcismo é feito. O jovem volta ao seu estado normal e diz que se sente melhor. Depois, agradece por ser libertado pelos bispos da Universal.


A alegação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) é que as imagens seriam provas de “charlatanismo”. Segundo o artigo 283 do Código Penal, esse crime pode resultar na prisão dos envolvidos por até dois anos.



A ABGLT pediu ao Ministério Público de São Paulo que investigue o caso, pois afirma que embora a Constituição garanta liberdade de culto, a homossexualidade não pode ser tratada como uma doença. Desde 1990, ela não consta mais da Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial da Saúde.



“Parece-nos que o vídeo em questão, assim como vários outros disponíveis na internet com conteúdos parecidos, é uma prova cabal da prática do charlatanismo, uma vez que divulga publicamente a suposta “cura” de uma condição que não é doença, além de disseminar a demonização e manifesta intolerância da homossexualidade”, diz o requerimento encaminhado pela Associação ao MP.



O Ministério Público ainda não se manifestou a respeito. Não é a primeira vez que Toni Reis, presidente da ABGLT, entra em rota de colisão com os evangélicos.


Reis e sua associação já reivindicartam no ano passado punições às emissoras que levem ao ar declarações ofensivas aos direitos homossexuais. Sua solicitação ao Ministério das Comunicações é que se iniba essa prática em especial nos programas religiosos transmitidos em rede aberta.


Além dos pastores evangélicos, em especial Silas Malafaia, que moveu um processo contra Toni Reis, o deputado Jair Bolsonaro também já foi atacado pela ABGLT.



Esta semana, a ABGLT e outras entidades similares, enviaram um ofício ao Ministério Público Federal, questionando o veto aos vídeos da campanha do Carnaval contra a Aids, produzida pelo Ministério da Saúde com o foco em jovens gays.



Também solicitou ao Ministério Público Federal que investigue e tome providências sobre o veto à distribuição do chamado “kit Gay”, material distribuído nas escolas que serviria para combater a homofobia. Na interpretação dos evangélicos e católicos, que conseguiram impedir sua distribuição, o material iria promover a homossexualidade.


A Associação quer saber que providências o governo está tomando “diante da comprovada existência da homofobia no ambiente escolar”
                                                                        Assista:

Fonte: GospelPrime                                                                  


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